sábado, 25 de junho de 2011

LAPA

Lapa,
Teu batuque contagia
a fria das polacas
Teus cabelos negros, crespos, sem chapinha
são de um Brasil que vêm de cima
do alto do morro que desceu
e se espalhou.
Lapa,
Tua gente é mosaica
Invejas faz a qualquer Picasso
Que o teu quadro não pintou.
Lapa latina
Lapa mulata
gringa rica
e batucada
Teus arcos sobre as cabeças
e tuas putas dignas indignadas
Bichas loucas desvairadas,
Tua pinga adocicada.
Lapa dos poetas
que cantam tua inigualável diversidade
na Cidade Partida de Ventura
E que aventura é te possuir.
A Lapa me comeu
E eu gozo até agora.

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