terça-feira, 26 de julho de 2011

Poema acostumado

Era costume
embriagar-se
e sair por aí.
Era costume,
enrroscar-se
com qualquer vadia de saia.
Era costume,
Abrigar-se
em qualquer lugar quentinho
[podia ser ali]

Era costume
soturnamente
encontrar um lugar qualquer
onde só a lua pudesse deitar seu olhar
Era costume
colher rosas
dos mais variados
Sabores
[Ali, sob olhar da lua]
Era costume
o desfrute do sim.
Sim, era
Costume!
O não,
é Customização!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Contaminação

Saudade
é doença que não se pega no contato com as mãos,
Portanto mantenham-nas sujas. . .
Contaminadas de lua e afetos. . .

Poros

Espera. . .
Silêncio!
Na Terra do Nunca,
Nunca acontece n-a-d-a!
Terror
Escuridão
Um vazio
do tamanho do imensurável
Negror
Embranquecido
pelas páginas da vida
que não contam nada.
E a gente continua. . .
. . . esperando.
V-i-v-e-n-d-o
Na garganta,
uma fala que não sai.
No olhar,
uma distância avassaladora.
No sorriso,
uma máscara para a dor. . .
No escutar,
um sussurro. . .
que ecoa...
ecoa. . .
ressoa. . .
e vira suor!

Julho/ 2003
O que brota se não escrito logo,
Apodrece
O tempo passa,
mata,
envelhece
E do poema que nasce
A madrugada se alimenta.
Tinha fome de sentir saudade. . .
Me saciei!

28/05/2003

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Menina de lá com Bagge

"Várias teclas minhas tão falhando tô à meses sem exclamação"
(Emprestei as aspas do Bagge)

Para mim

Não por um desejo lascivo somente,
Corpos convictos, concisos em um.
Escadas vazadas
Lances de saia,
Ensaios de língua: o breu da noite como testemunha.
Paraty está logo ali: Mar de surpresas e depois da Lapa, comi.
Corpo é corpo.
Desejo é um barco à deriva
Tudo era intenção
In Tesão
Não cabe mais nada aqui...
Você em mim,
Paraty, dentro de mim,
Eu, fora de mim.