terça-feira, 30 de agosto de 2011

Universo Masculino

    Esse universo masculino...

      ora abomino,
     
            ora abomino!



                          (Escrito de tempos, achado entre escritos perdidos no limbo do PC...)

Malinculia

(Antonino Sales)     
                                  
Malinculia, Patrão,                                           
É um suspiro maguado
Qui nace no coração!
É o grito safucado
Duma sodade iscundida
Qui nos fala do passado
Sem se torna cunhicida!
É aquilo qui se sente
Sem se pude isprica!
Qui fala dentro da gente
Mas qui não diz onde istá!
Malinculia é tristeza
Misturada cum paxão,
Vibrando nas furtaleza
Das corda do coração!
Malinculia é qui nem
Um caminho bem diserto
Onde não passa ninguém...
Mas nem purisso, bem perto,
Uma voz misteriosa
Relata munto baxinho
Umas história sodosa,
Cheias de amô e carinho!
Seu moço, malinculia
É a luz isbranquiçada
Dos ano que se passo...
É ternura... é aligria...
É uma frô prefumada
Mudando sempre de co!
Às vez ela vem na prece
Qui a gente reza sozinho.
Otras vez ela aparece
No cantu dum passarinho,
Numa lembrança apagada,
No rumance dum amô,
Numa coisa já passada,
Num sonho que se afindô!
A ta da malinculia
Não tem casa onde mora...
Ela veve noite e dia
Os coração a rondá!
Não tem corpo, não tem arma,
Não é home nem muié...
E ninguém lhe bate Parma
Pru caso di sê quem é!
Ela se isconde num bejo
Qui foi dado há muntos ano...
Malinculia é desejo,
É cinza de disingano,
Malinculia é amô
Pulo tempo sipurtado,
Malincolia é a dô
Qui o home sofre calado
Quando lhe vem à lembrança
Passages da sua vida...
Juras de amô... isperança...
Na mucidade culhida!
É tudo que pode havê
Guardado num coração!
É uma histora que se
Sem
forma de ispricação!
Pruquê inda vai nacê
O home, ou mermo a muié,
Capacitado a dize
Malinculia o qui é!!!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Para ninar casulos...


A borboleta

pousa

E faz pose prá mim

Rodopia no dia,
No pouso,

nova pose.
Parece até que  sabia                                            
Que sua vida só

se vive
um dia . . . 


                                       Foto: Quintal da tia Vânia/Guarujá

    

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Hippie?


Hippie, riponga, alternativo, diferente, doido... cansei destes jargões desconectados de conteúdo. Sim , se ser hippie representa um protesto, um grito de indignação, serei então. O problema é que a muitos dos que nasceram na década de 80, e alguns que vieram ao mundo na década de 60/70... (será que é melhor deixar esta citação no plano atemporal? – talvez sim....) o fato é que algumas pessoas não sabem o que dizem!
Porque se alguém usa saia comprida rodada é hippie, se usa colares coloridos, é “riponga”, se quebra a ordem “natural” das coisas, é “alternativo”... cansei dos rótulos.
Parece óbvio, mas não sejamos assim tão ingênuos... mesmo de All Star (símbolo mais capitalista, acho que só o M’c Donalds) vejo pessoas serem tatuadas com estas tarjetas...
Procurei no google, que me levou ao Wikipédia, então vamos lá, outra vez, novamente, (desculpem a redundância, mas é o efeito que busco mesmo)! Movimento que remete à Contracultura; frase mais conhecida “Paz e amor”; sexo livre; entorpecentes. Estilos musicais relacionados ao movimento: The Beatles, Janis Joplin, Jimy Hendrix, Led Zeppelin, The Doors, Mutantes, Raul Seixas, Zé Ramalho, Pink Floyd... e por aí vai...
Hey, alguém aí se identificou? Pois é, virou hippie hein?
Não me incomodo com o movimento, mas os rótulos são o viaduto do consumo. Pessoas são irritantemente leigas quando colocam todo o movimento sob a simples égide da moda (esta, no sentido do consumo, não é tão simples assim), ou dos modismos. Então, se você consome “coisas diferentes” ou “alternativas”, cuidado! Está correndo um grande risco de ser mal interpretado! Será taxado de “riponga” ad eternum, e se vestir qualquer coisa comunzinha como um blazer, imediatamente te perguntarão se virou “executivo”. Então use blazer com ar blazê! Triste pensar que um movimento que tinha como princípio protestar contra uma guerra insana como foi a do Vietnã, (pensando bem, será que existe guerra que não seja insana?), terminar rotulado assim. Mas voltemos, o protesto hoje virou simples objeto de consumo. E de quem é a culpa? Dos “alternativos”? Que se permitem ser capturados? Dos comunzinhos, que não conseguem diferenciar protesto político de consumo? Será que existem protestos nos dias atuais? Há uma guerra pautada em princípios (quem diria) religiosos, acontecendo durante anos. Paz e amor? Quem se importa? Vou vestir meu jeans surrado e ir trabalhar!