(Antonino Sales)
Malinculia, Patrão,
É um suspiro maguado
Qui nace no coração!
É o grito safucado
Duma sodade iscundida
Qui nos fala do passado
Sem se torna cunhicida!
É aquilo qui se sente
Sem se pude isprica!
Qui fala dentro da gente
Mas qui não diz onde istá!
Malinculia é tristeza
Misturada cum paxão,
Vibrando nas furtaleza
Das corda do coração!
Malinculia é qui nem
Um caminho bem diserto
Onde não passa ninguém...
Mas nem purisso, bem perto,
Uma voz misteriosa
Relata munto baxinho
Umas história sodosa,
Cheias de amô e carinho!
Seu moço, malinculia
É a luz isbranquiçada
Dos ano que se passo...
É ternura... é aligria...
É uma frô prefumada
Mudando sempre de co!
Às vez ela vem na prece
Qui a gente reza sozinho.
Otras vez ela aparece
No cantu dum passarinho,
Numa lembrança apagada,
No rumance dum amô,
Numa coisa já passada,
Num sonho que se afindô!
A ta da malinculia
Não tem casa onde mora...
Ela veve noite e dia
Os coração a rondá!
Não tem corpo, não tem arma,
Não é home nem muié...
E ninguém lhe bate Parma
Pru caso di sê quem é!
Ela se isconde num bejo
Qui foi dado há muntos ano...
Malinculia é desejo,
É cinza de disingano,
Malinculia é amô
Pulo tempo sipurtado,
Malincolia é a dô
Qui o home sofre calado
Quando lhe vem à lembrança
Passages da sua vida...
Juras de amô... isperança...
Na mucidade culhida!
É tudo que pode havê
Guardado num coração!
É uma histora que se
Sem
Pruquê inda vai nacê
O home, ou mermo a muié,
Capacitado a dize
Malinculia o qui é!!!
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