segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Hippie?


Hippie, riponga, alternativo, diferente, doido... cansei destes jargões desconectados de conteúdo. Sim , se ser hippie representa um protesto, um grito de indignação, serei então. O problema é que a muitos dos que nasceram na década de 80, e alguns que vieram ao mundo na década de 60/70... (será que é melhor deixar esta citação no plano atemporal? – talvez sim....) o fato é que algumas pessoas não sabem o que dizem!
Porque se alguém usa saia comprida rodada é hippie, se usa colares coloridos, é “riponga”, se quebra a ordem “natural” das coisas, é “alternativo”... cansei dos rótulos.
Parece óbvio, mas não sejamos assim tão ingênuos... mesmo de All Star (símbolo mais capitalista, acho que só o M’c Donalds) vejo pessoas serem tatuadas com estas tarjetas...
Procurei no google, que me levou ao Wikipédia, então vamos lá, outra vez, novamente, (desculpem a redundância, mas é o efeito que busco mesmo)! Movimento que remete à Contracultura; frase mais conhecida “Paz e amor”; sexo livre; entorpecentes. Estilos musicais relacionados ao movimento: The Beatles, Janis Joplin, Jimy Hendrix, Led Zeppelin, The Doors, Mutantes, Raul Seixas, Zé Ramalho, Pink Floyd... e por aí vai...
Hey, alguém aí se identificou? Pois é, virou hippie hein?
Não me incomodo com o movimento, mas os rótulos são o viaduto do consumo. Pessoas são irritantemente leigas quando colocam todo o movimento sob a simples égide da moda (esta, no sentido do consumo, não é tão simples assim), ou dos modismos. Então, se você consome “coisas diferentes” ou “alternativas”, cuidado! Está correndo um grande risco de ser mal interpretado! Será taxado de “riponga” ad eternum, e se vestir qualquer coisa comunzinha como um blazer, imediatamente te perguntarão se virou “executivo”. Então use blazer com ar blazê! Triste pensar que um movimento que tinha como princípio protestar contra uma guerra insana como foi a do Vietnã, (pensando bem, será que existe guerra que não seja insana?), terminar rotulado assim. Mas voltemos, o protesto hoje virou simples objeto de consumo. E de quem é a culpa? Dos “alternativos”? Que se permitem ser capturados? Dos comunzinhos, que não conseguem diferenciar protesto político de consumo? Será que existem protestos nos dias atuais? Há uma guerra pautada em princípios (quem diria) religiosos, acontecendo durante anos. Paz e amor? Quem se importa? Vou vestir meu jeans surrado e ir trabalhar!

Um comentário:

Anônimo disse...

Taci! fiquei pensando muito em uma peça que vi recentemente....hj ate protestos são esperados...consumo de ideias,as vezes um tanto vazias....as vezes um tanto borradas...é importante gritar mas nao muito pra nao atrapalhar o fluxo, nao parar o dia, nao parar o trafego....mas assim assim proteste...
baum, hj nem sei se é possivel ser hippie, alternativo e tal....mas me identifiquei com teu escrito...
beijos